Histórias do Convento da Penha


História do Convento da Penha

São 453 anos de existência. Um dos mais belos cartões postais do Espírito Santo, o Convento da Penha reserva muitas curiosidades e belas histórias. Cenário que envolve fé e devoção, além de uma paisagem encantadora, o monumento recebe milhares de visitantes todos os anos. São turistas e fiéis de diversas partes do Brasil e do mundo que buscam conhecer um pouco da história do santuário dedicado a Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado.


Frei Pedro Palácios

O Convento da Penha nasceu pelas mãos do espanhol frei Pedro Palácios, que visualizou em seus sonhos uma igreja no alto de um morro com duas palmeiras na recém descoberta América. O frei desembarcou no Brasil para trazer um pouco de sua devoção para a nova terra. Depois de passar um tempo em Salvador, Pedro Palácios navegou pelo litoral brasileiro até aportar, em 1558, no sítio histórico da Prainha. Ao chegar à cidade mais antiga do Espírito Santo, o frei visualizou o morro que viu em seus sonhos.


Pedro Palácios trouxe uma imagem da Virgem Maria e se instalou em uma pequena gruta, no pé do morro. Reza a lenda que algumas vezes a imagem sumia e aparecia no topo do morro. Graças a esse fato, o frei ficou convencido de que ali seria o lugar ideal para construir a igrejinha de seu sonho. Ele deu início a sua pregação e assim começou a história de fé e devoção do povo capixaba. Foi erguida, em 1562, uma capela para São Francisco de Assis no Campinho do Convento. Frei Pedro Palácios encomendou de Portugal uma imagem de Nossa Senhora da Penha, que até hoje está no Convento. Depois da morte do espanhol, em 1570, a capela ficou aos cuidados de amigos devotos do frei.


A primeira pedra da edificação que hoje conhecemos como Convento da Penha foi colocada em 1651 pelo guardião Francisco da Madre de Deus. Ao longo dos anos, o Convento recebeu ampliações e reformas. A construção inicial do santuário foi realizada pela própria comunidade com as pedras do morro. Inicialmente era uma igreja pequena que foi sendo expandida até chegar à forma que hoje conhecemos. A obra levou mais de 100 anos para ser concluída. Arquitetonicamente não existe no Brasil nenhum monumento com essa estrutura e história.


O Convento integra a parte principal de um conjunto que inclui a capela de São Francisco e a gruta frei Pedro Palácios, onde o religioso buscou abrigo em sua chegada à cidade, na entrada velha para o monumento. O mais belo cartão postal capixaba é tombado pelo Patrimônio Histórico no Espírito Santo.


 Curiosidades e lendas da Penha
Histórias curiosas não faltam em torno do monumento dedicado à Nossa Senhora da Penha. Uma delas é o surgimento de uma fonte no início das obras do Convento. Chamada de fonte de Nossa Senhora, ela possibilitou a realização das obras e, depois que elas se encerraram, a fonte secou. Fala-se também da procissão marítima do ano de 1769, época em que a seca assolava a capitania. Segundo a lenda, as matas do morro seguiam verdes e viçosas enquanto o resto da região estava em uma profunda seca. Depois da procissão, a chuva caiu. Esse fato foi retratado em uma das telas do pintor Benedito Calixto, que se encontra nas paredes do santuário.


Referência capixaba
Cartão postal capixaba, o Convento da Penha é um dos pontos mais visitados pelos turistas no Estado. Além dos milhares de visitantes que recebe ao ano, o santuário integra nosso folclore sendo mencionado na poesia, no congo, nas artes plásticas e em outras manifestações artísticas. O monumento é fonte de inspiração para artistas, que buscam na beleza do santuário inspiração para suas obras. fonte: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Vila Velha - 2011                                                                                   

Festa da Penha: Séculos de Tradição

Vila Velha, o berço da civilização capixaba, e possui belas histórias que envolvem suas riquezas naturais, patrimônios e cultura. Entre tantas belezas, destaca-se o Convento da Penha, cartão postal capixaba, dedicado a Nossa Senhora da Penha, Padroeira do Espírito Santo.
Desde o tempo das capitanias hereditárias, a padroeira capixaba é homenageada por devotos. E, através dos anos, a festa que homenageia a santa atrai milhares de fiéis, aumentando o fluxo de turistas na cidade. Considerada a terceira maior festa religiosa do Brasil, fica atrás somente da comemoração que homenageia a padroeira do Brasil, em Aparecida, São Paulo,  e do Círio de Nazaré, em Belém, no Pará.
A Festa da Penha é realizada todos os anos, oito dias depois do domingo de Páscoa, no Convento da Penha e no sítio histórico da Prainha. Fiéis e turistas se reúnem para assistir as missas celebradas no Campinho, além de participar das romarias e dos shows.
Padroeira do Espírito Santo
Nossa Senhora da Penha foi proclamada padroeira capixaba pelo papa Urbano VIII em 23 de março de 1.630. Conta a história que a bula papal foi confirmada apenas em 26 de janeiro de 1.908 com o resultado de um plebiscito realizado em todas as paróquias do Estado. E a aprovação do Vaticano veio apenas em 27 de novembro de 1912.
A Festa da Penha começou com o Frei Pedro Palácios, fundador do Convento da Penha. O frei encomendou uma imagem de Nossa Senhora (e que ainda se encontra no Santuário) e convidou as pessoas para fazer a benção. Dois dias após a primeira festa da Penha (1.570), Pedro Palácios faleceu.        MAIS INFORMACOES NO SITE:    http://www.conventodapenha.org.br